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14/10/2020 | 23:39 | Esporte

Com show de Patrick, Inter vence Sport e iguala pontuação do líder do Brasileirão

Além do meio-campista, Adryelson (contra), Moledo e Yuri Alberto marcaram os gols do triunfo em Recife

Além do meio-campista, Adryelson (contra), Moledo e Yuri Alberto marcaram os gols do triunfo em Recife
Ricardo Duarte / Internacional/Divulgação
Ilha do Retiro, desfalques, adversário que vinha de derrota. O combo do que costuma complicar o Inter era o cenário da 15ª rodada do Brasileirão. Nada disso. Em uma noite inspirada, de futebol ofensivo, o time de Eduardo Coudet igualou os 31 pontos do líder Atlético-MG (o Colorado é vice-líder por conta dos critérios de desempate) ao vencer o Sport por 5 a 3, com dois gols de Patrick, um contra de Adryelson, um de Moledo e outro de Yuri Alberto. A partida marcou a volta de Rodrigo Dourado após mais de um ano afastado.
Na rotina de jogos a cada três dias, o rodízio colorado desta vez pegou seu principal jogador. Desgastado pela sequência, Thiago Galhardo ficou no banco, e Coudet formou o ataque com a dupla de estrangeiros Abel Hernández e Leandro Fernández. Além dele, Zé Gabriel também foi para a reserva, e Moledo voltou a ser o parceiro de Cuesta. Uendel reapareceu na lateral esquerda, e, na direita, Rodinei foi a única opção, após a lesão de Heitor. No Sport, Jair Ventura manteve Thiago Neves como titular e Hernane, o Brocador, como centroavante.
A primeira metade da etapa inicial foi morna e de pouquíssima inspiração. O Inter mantinha a posse de bola, trocava passes e chegava até a parte final do campo, chamada tecnicamente de último terço. E a cada vez que a bola chegava no tal último terço, parecia dar algum mandraque. Como o Inter insistia pela direita, cabia quase sempre a Rodinei o erro do cruzamento. O Sport, nas raras vezes em que avançava, encontrava a defesa colorada bem postada. 
Assim, a primeira meia hora foi de mais erros do que acertos, mais defesa do que ataque. Teve até um chute de Mugni e outro de Rodinei, mas ambos foram sem perigo. 
Em compensação, os 14 últimos minutos foram de loucura. A começar pela jogada de Patrick, aos 34. Ele recebeu de Abel Hernández e arrancou, ao seu estilo, na força. Quando entrou na área, fez que ia chutar de esquerda e cortou para a direita, fez que ia chutar de direita e cortou para a esquerda. O zagueiro que o marcava caiu estatelado no chão. Com a frente aberta, o meia colorado encheu o pé e fez um golaço.
Cinco minutos depois, o Inter iniciou novo ataque pela esquerda, e a bola circulou até a direita. Edenilson abriu espaço, foi ao fundo e recuou para Rodinei. Com espaço, ele foi preciso no cruzamento. Abel Hernández se embolou com o zagueiro Adryelson e a bola entrou. Pelo replay da transmissão, gol contra do zagueiro do Sport. Para o Inter, pouco importava: 2 a 0.
O que realmente incomodou os colorados foi a desatenção no último lance antes do intervalo. Era uma falta pelo lado esquerdo. Thiago Neves cruzou no segundo pau e não havia qualquer jogador marcando Marquinhos, que cabeceou livre para descontar. 
O Inter voltou sem alterações do vestiário. O que mudou foi o ritmo do início do segundo tempo. O time recomeçou a partida acelerado, buscando logo o terceiro gol para tentar ter mais tranquilidade. Deu certo. Aos sete, Leandro Fernández bateu uma falta na direção do gol, a bola desviou, Luan Polli salvou e a zaga cortou para escanteio. Fernández cobrou na área e Moledo, na imposição, ampliou a vantagem. 
O mais difícil, fazer o gol, o Inter conseguiu. Por outro lado, não durou quase nada a tranquilidade de ter dois gols de vantagem. Edenilson tentou uma jogada no ataque, o Sport recuperou a bola e arrancou pela esquerda. Leandro Barcia, que havia entrado no intervalo, recebeu de Mugni na área, com espaço, e chutou no alto, longe do alcance de Lomba: 3 a 2.
O gol, é claro, animou o Sport, que partiu para o ataque em busca do empate. O Inter conseguia apenas se defender. Para dar mais força ofensiva, Coudet mexeu no ataque: Thiago Galhardo e Yuri Alberto nos lugares de Abel Hernández e Leandro Fernández. 
O Sport atacou novamente aos 18. Em avanço pela esquerda, Juba cruzou e Barcia cabeceou livre, mas nas mãos de Lomba. A pressão era intensa. 
Aos 24, um momento marcante. Depois de mais de 460 dias ausente, Rodrigo Dourado voltou a jogar. Ele entrou no lugar de Lindoso.
Com a nova dupla, o Inter até fez o quarto gol. Yuri Alberto arrancou com a bola e chutou da entrada da área. Luan Polli rebateu e Galhardo pegou o rebote, serviu Patrick, que encostou para a rede. Mas o goleador do Brasileirão estava impedido e o lance foi anulado.
Marcos Guilherme teve uma chance de ouro em contra-ataque. Eram dois contra um, Galhardo aparecia livre no meio. Ele se atrapalhou um pouco com a bola e chutou mal. A bola desviou e foi para fora. Mas na cobrança de escanteio, aos 30, Galhardo antecipou no primeiro pau e Patrick completou: 4 a 2.
Mas se alguém pensou que a vantagem faria o Inter descansar, mesmo com a saída de Patrick para a entrada de Marcos Guilherme, estava enganado. Em um contra-ataque letal, Edenilson arrancou pela direita, entrou na área e serviu Yuri Alberto, que finalizou com categoria. Deu tempo ainda para o Sport diminuir. Em cobrança de escanteio, Thiago Galhardo cabeceou para trás e Micael empurrou, também de cabeça. 
Pouco importava, a vitória colorada no Recife estava consolidada.
Fonte: GZH
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