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20/09/2020 | 11:24 | Geral

Trump ignora precedente e diz que vai nomear juiz da Suprema Corte durante campanha

Presidente dos EUA afirmou que os republicanos têm "obrigação de fazer isso sem atraso"

Presidente dos EUA afirmou que os republicanos têm
Reprodução/Internet
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mergulhou na articulação política para emplacar um novo juiz para a Suprema Corte antes da eleição de 3 de novembro. A morte da juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, na sexta-feira (18), abriu caminho para os republicanos formarem uma maioria conservadora com seis dos nove magistrados do tribunal.
As mudanças demográficas dos últimos anos têm diminuído o eleitorado republicano, e o partido corre o risco de perder a presidência e a maioria no Senado em novembro. Uma "supermaioria" na Suprema Corte pode garantir o alinhamento com as pautas conservadoras por décadas e motivar a base na eleição.
Os republicanos apontam como uma das principais preocupações a composição da Corte e torcem pela reversão de decisões históricas, como a que reconheceu o direito ao aborto, no início dos anos 1970.
Os democratas defendem que a substituição de Ginsburg ocorra após a eleição, a exemplo de 2016, quando republicanos barraram uma indicação de Barack Obama por 10 meses com a justificativa de que a escolha deveria ser feita pelo próximo presidente. A vaga foi ocupada por Neil Gorsuch, primeiro nome indicado por Trump.
O candidato democrata, Joe Biden, disse na sexta-feira que o Senado deve manter a posição de 2016. 
— Os eleitores devem escolher o presidente e o presidente deve escolher o juiz (da Suprema Corte) para o Senado avaliar — disse.
Trump, no entanto, não pretende abrir mão da chance de nomear um novo juiz. No sábado (19), ele disse que os republicanos têm "obrigação de fazer isso sem atraso". A interlocutores, o presidente afirmou que planeja divulgar o nome escolhido antes do primeiro debate, dia 29, e deve escolher uma mulher.
A Suprema Corte é responsável por decidir temas como aborto, porte de arma, liberdade de expressão, imigração, acesso à saúde e igualdade. O tribunal tem maioria conservadora, com cinco juízes indicados por republicanos. Mas é uma maioria frágil, porque o presidente da Corte, John Roberts, deu vitórias recentes pontuais aos democratas, em alinhamento com a ala progressista - daí a importância de ampliar a "supermaioria" para seis magistrados.
Fonte: Gaúcha ZH
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