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11/08/2020 | 05:55 | Geral

Leite, dólar e auxílio emergencial: os motivos da disparada no preço do queijo no RS

Quem aí teve colocar menos queijo na pizza nas últimas semanas?

Quem aí teve colocar menos queijo na pizza nas últimas semanas?
Queijo está mais caro e vários são os motivos - Carlos Macedo / Agencia RBS
Quem aí sentiu que o queijo ficou bem mais salgado? As elevações identificadas pela coluna chegam a superar 25%. O preço do leite, o mercado de São Paulo, a importação e exportação e até mesmo o auxílio emergencial são fatores que explicam a alta no valor nas últimas semanas no Rio Grande do Sul. É o que aponta Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Lacticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat RS). 
- Assim como outros derivados lácteos, o queijo está atrelado ao preço do leite, que sofreu reajuste. Também depende do mercado de São Paulo, que é um Estado definidor de preço. E subiu lá. Ainda tem impacto do mercado internacional. O Brasil importa e exporta queijo. E a exportação, por exemplo, da mozarela, que é o queijo de commodity, é atrativa com o dólar alto - explica. 
Ele lembra também que no início da pandemia, entre março e abril, o consumo de produtos lácteos diminuiu. Principalmente, pelo fechamento de restaurantes e hotéis. Depois, com a adequação do consumidor, a oferta foi se equilibrando. 
Sobre o aumento do leite, que impacta na elevação do preço do queijo, o secretário vê uma relação com o auxílio emergencial de R$ 600, que tem sido revertido para consumo nas casas.
- O auxílio emergencial tem um papel direto na questão de consumo. Produtos da cesta básica, como arroz, estão vendendo mais do que antes. Classes D e E, quando recebem um estímulo financeiro, aumentam o consumo. 
Perguntado sobre previsão de um novo aumento ou queda no valor para as próximas semanas, Palharini responde que deve haver uma manutenção dos preços que estão sendo cobrados hoje. 
- Pode mudar a projeção daqui a 40 ou 50 dias. Mas, provavelmente, por mais 60 dias não deva haver grandes alterações - conclui. 
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Fonte: Gaúcha ZH
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