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20/12/2019 | 17:59 | Educação

Professores decidem só encerrar greve se governo do Estado garantir pagamento dos dias parados

Piratini diz que só haverá negociação após a recuperação total do ano letivo

Piratini diz que só haverá negociação após a recuperação total do ano letivo
Helenir Schurer, presidente do Cpers, colocou a proposta em votação durante assembleia dos educadores - Caco Argemi, Cpers, Divulgação
Os professores da rede pública do Estado decidiram que só vão encerrar a greve e, consequentemente, recuperar os 25 dias de aula que faltam para o fim do ano letivo, se houver acordo assinado com o governo para pagamento dos dias não trabalhados. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (20), em assembleia organizada pelo Cpers-Sindicato, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. 
Os educadores estão em greve desde 14 de novembro em protesto contra os projetos protocolados pelo governador Eduardo Leite que extingue benefícios e muda as carreiras de servidores públicos. 
A Secretaria da Educação (Seduc) e o governo do Estado afirmam que ainda não foram comunicados da decisão dos professores, mas que a orientação é de que só haverá negociação com os grevistas após a recuperação total do ano letivo. A Seduc já tem um calendário previamente montado e, segundo memorando encaminhado às Coordenadorias Regionais de Educação, os estudantes de escolas com adesão total à greve deverão terminar o ano letivo apenas no dia 23 de janeiro. 
No dia 4 de dezembro, o Tribunal de Justiça negou pedido de liminar apresentado pelo Cpers para impedir o governo do Estado de cortar o ponto dos professores em greve.  Ao analisar o pedido, o desembargador Glênio José Wasserstein Hekman, relator do mandado de segurança impetrado pela entidade, argumentou que, na prática, o corte ainda não existe e que o governo não estaria cometendo ilegalidade ao não pagar dias parados. O Cpers recorreu ao pleno do tribunal, mas a decisão só deve sair em janeiro. 
A presidente do Cpers, Helenir Schurer, afirma que a entidade vai entrar na Justiça novamente, com Ação Direta de Inconstitucionalidade, desta vez contra projeto aprovado na Assembleia que muda as alíquotas previdenciárias e institui contribuição a aposentados que ganham até R$ 5,8 mil. 
Fonte: Gaúcha ZH
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